Sondagens e coiso e tal
Sendo eu da área das ciências, habituada a fórmulas matemáticas mais ou menos complexas, modelos estatísticos mais ou menos elaborados, folhas de cálculo mais ou menos versáteis, deveria ser uma acérrima defensora das sondagens eleitorais.
Só que não. A proliferação de empresas de estudo de mercado que se aliaram à comunicação social tornaram isto tudo numa feira de vaidades com muito fogo de vista, um circo montado que cada vez mais influencia o eleitorado.
Vejamos o caso das Autárquicas em Lisboa, em que me deitei com o Medina a ganhar confortavelmente e acordei com o Moedas a surpreeender tudo e todos. As sondagens eram claras. Para quê ir votar se a a margem de vitória do medina estava assegurada ?
Legislativas e levámos com sondagens diárias e 1 semana de empates técnicos entre os 2 maiores partidos. Desta vez uns uniram-se e votaram pela primeira vez num partido que não o seu, mas do mal o menos, outros nem por isso, toca a dispersar os votos para haver umas coligaçõse e pumbas... maioria absoluta contra todas as expectativas.
Interessante também foi a projeção da abstenção. RTP -49/54%, SIC - 45/49%; TVI/CNN - 40/44%.....
Meus senhores atinem nos modelos estatísticos utilizados e na forma de os analisar.
Aliás desde quando alguma sondagem poderia ser fiável se nunca me telefonaram nem sequer me sondaram à boca das urnas ?