Hoje foi o meu primeiro dia do novo Ano de trabalho no office. Recomecei ontem depois de uma semana merecida de férias, mas no aconchego do lar, pois sou das felizardas a quem foi permitido optar pelo trabalho em regime híbrido,.
Meaning, vou ao office 2 vezes por semana, trabalho chez moi 3 vezes por semana, e posso-vos assegurar que aqueles 2 dias em que me tenho que deslocar para a capital tiram-me o sono e anos de vida.
O trânsito infernal para lá e para cá, a confusão e a barulheira no nosso alegre open space, a obrigatoriedade de ter que ser simpática e polida com quem só apetece mandar pastar ovelhas, as conversas parvas e inúteis que tenho que aturar, as coscuvilhices que me exasperam.
A juntar tudo isto à minha neura bisemanal, acresce a quantidade de vezes em que já ouvi um "Bom Ano para ti e para os teus" o que já resulta no maxilar preso mercê de tanto sorriso forçado.
Já questionei até quando vão desejar um Bom Ano, tendo levado por resposta que é pelo menos até ao Dia de Reis, sendo aceitável até ao final do mês !!!!!!
E hoje isto estava de tal maneira que nem o pc queria arrancar....
Mas tem tudo para melhorar pois agora vou tratar das belas das unhecas e amanhã é dia de work at home.
E quase sem darmos por isso, finou-se, com pompa e circunstância o ano 2022.
Não sou de fazer balanços do ano, aliás, a semana a seguir ao Natal dá-me urticária, tal é a quantidade de balanços e balancetees que pululam em tudo o que é sítio.
Sinto-me grata por tudo o que de bom se passou, tentei ultrapassar mais ou menos bem o que de menos bom se passou, estamos vivos, estamos cá, estamos juntos e só queremos energias muito positivas na nossa vida.
Também não sou de resoluções do Ano Novo, pois nunca vi ninguém conseguir mantê-las mais do que 1 mês, e já estou a ser muito condescendente.
Neste início de Ano pronto a estrear, tenho a energia no auge, e estou pronta a abraçar novos desafios, principalmente no campo da escrita. Está-me a apetecer escrever. Muito. Imenso.
Quero manter os bons amigos por perto, consolidar novas amizades mais ou menos recentes, espalhar e absorver boas energias, varrer e aspirar tudo o que seja tóxico.
Não me aborrecer com picuinhices, não ligar a que não merece, ser superior a tudo o que é baixeza.
Rodear-me de Amor e espalhar muita alegria. Cuidar sempre dos meus e mantê-los sempre aninhados com um colo disponível e os braços bem abertos.
Muita Saúde, muita Paz, muito Amor, imensa Alegria, Energia Positiva, Esperança, Bonança, Sucessos mais do que muitos.
É o que desejo para mim, para nós, e para vocês todos que estão aí desse lado sempre do meu lado.
Este ano tem sido particularmente difícil com Miss Lolli.
Após sucessivos confinamentos e depois de ter sido atacada pelo bicho, começou a fechar-se na sua bolha, passando o simples acto de pôr o pé fora de portas uma verdadeira tortura.
Começou a arranjar desculpas para nem à escola ir, e o pior, pois a mente é capaz de se sobrepor ao físico, adoecia mesmo. Teve uma sucessão de faringites, laringites e outras ites, sempre acompanhada pelo médico de família que lhe diagnosticou uma depressão endógena.
Tentei levá-la ao psicólogo, situação que se recusou sempre. E tentar levar uma adolescente, maior do que eu à força, não é solução. Achava que não tinha que se tratar, e o pior é quem não admite que padece do mal.
Passei a estar eu em contacto com uma psicóloga que me ia orientando, mas que deste modo, pouco ou nada servia.
Começou a ficar mais agitada, sem fome, e com dificuldades em adormecer e em dormir convenientemente.
Passou a ter dificuldades de respiração e ataques de ansiedade, custando-lhe a estar em ambientes fechados com pessoas à volta e com barulho.
Das vezes que fomos à Estefânia de urgência, entrámos de noite e de lá saímos com o sol bem alto. Da última vez disseram-lhe que se não se tratasse a vida dela seria passada no hospital.
Acordou finalmente, foi hoje à 1ª consulta de pedopsiquiatria.
Não dormi eu à noite com os nervos, não consegui comer nada o dia inteiro, tive que tomar 2 valdisperts. Até ao último momento o meu pânico que ela desistisse foi imenso.
Este era o último recurso. A partir daqui não sei mais o que faria.
Mas foi... E sentiu-se bem com ela de quem gostámos imenso. E vai tomar a medicação que ela receitou e os exercícios que ela propôs. Foi reencaminhada para uma psicóloga em simultâneo, que vão fazer ponte para complementarem os tratamentos.
Daqui a 1 semana voltamos lá para aferir a situação e fazer os ajustes necessários.
Hoje consegui respirar bem fundo de alívio. Finalmente uma luz ao fundo do túnel. Tenho fé que tudo se vai compor e que vamos voltar a ter a nossa Lolli de volta como era.
Quando nos decidimos casar, aves agoirentas vaticinaram que nem ao Natal chegaríamos.
Como adoro contrariar tudo e todos, mercê do meu mau feitio, fomos trilhando um longo e sinuoso caminho ladeado por muitas rosas e alguns espinhos, com curvas, contracurvas, mas sem becos sem saída.
Fomos construindo uma relação com uns alicerces bem fortes, sempre pautada pelo amor, pelo respeito e pela amizade. Apoio constante de parte a parte, comunicação eficaz, cedências de parte a parte sem nunca perder a própria identidade. Desfrutar da companhia, saber e gostar de estar juntos, sorrir e rir juntos, ter e dar um ombro para chorar, confiar cegamente em quem não nos defraudará, partilhar silêncios e confidências inconfessáveis. Cumplicidades que não se explicam.
E assim chegámos às Bodas de Prata, comemoradas com toda a pompa e circunstância, e com tudo a que temos direito, celebradas por entre família e amigos.
O planeamento levou à escolha das alianças perfeitas, do vestido para lhe brilhar, do cabelo, dos ramos, da cerimónia dos votos de renovação, do local do repasto e de mil e um pormenores.
Ao cartões com os nomes dos convidados foi personalizado e feito por mim e pela princesa Lolli, bem como os ramitos de oferta dispostos em cada lugar.
Logo pela manhã, a entrega do ramo de girassóis dos amigos de longa data que não puderam comparecer.
O ramo e a grinalda para o cabelo elaborados pela florista local que já fora responsavel pelo ramo de noiva, 25 anos atrás
O cabelo, obra da minha cabeleireira de sempre, que me entende em quem confio a minha melena
A cerimónia, na paróquia local, integrada na missa do final de tarde, foi linda e emotiva com a renovação dos votos e a troca de novas alianças.
No restaurante da nossa eleição, as mesas estavam maravilhosas, tudo excepcional, desde a mesa das entradas e aperitivos, à ementa selecionada, à surpresa que nos fizeram com uma sessão de fados e guitarradas.
E claro que houve bolo, também elaborado por pastelaria local
E brindes, imensos brindes. Pela vida que já passou, pela vida que ainda iremos viver, ao amor, à família, à amizade, a tudo o que de melhor possa haver, para nós, para eles, e para todos vocês.
Embora a vontade de andar a navegar por estas paragens seja uma constante latente, tenho andado meio arredada, para não dizer mesmo muito arredada daqui, pois tem-me faltado o ânimo.
Quem me conhece bem sabe que adoro partilhar as alegrias, quanto às chatices e às tristezas, essas guardo-as para mim e tento resolver tudo à minha maneira.
A vontade de vos vir visitar é sempre imensa, pois há por aqui pessoal maravilhoso que eu adoro ler e com quem gosto de interagir. Mas se não estou bem, tal poderá se refletir e essa não é a minha praia.
Afinal, os cavalos também se abatem, mas tristezas não pagam dívidas, e hoje num laivo de boa vontade, enchi-me de coragem e para meu próprio gáudio aqui venho eu cheia de força e de pujança.
Por isso não se admirem se eu andar a comentar os vossos posts à maluca. É que senti mesmo a vossa falta, de todos vós, dos meus sapinhos , de toda a equipa anura. O hábito faz o monge e esta rede já é parte da minha vida.
Para que este post não dê azo a grandes especulações, adianto que este período menos bom deve-se á minha pituxa Lolli, em plena adolescência, sweet little sixteen, que de repente passou a ter fobia social, com ataques de ansiedade que já nos fizeram passar noites a fio nas urgências.
A pandemia com os sucessivos confinamentos e a pressão estupidamente exagerada de certos professores contribuiram para este estado, que nos preocupa, que nos stressa, que nos entristece.
Mas com calma, temos fé que tudo se resolverá. Está devidamente encaminhada e constamtemente acompanhada. Temos a sorte de ambos estarmos em trabalho híbrido, pelo que nunca fica sozinha em casa.
Haja fé, haja amor, haja preserverançã, carinho e imensa paciência, que melhores dias virão.
Como é público, evidente e notório sou benfiquista dos 4 costados, mas acima de tudo sou Portuguesa com imenso orgulho.
Sou aquela que sofre com a prestação de cada português seja em que área for, que vibra e festeja como se fosse sua a vitória de portugueses seja onde for, que se levanta com a mão no peito com a pele arrepiada a cantar o Hino Nacional.
Sou aquela que fica pior que estragada quando tentam deitar abaixo Portugal, com críticas ou ações, que vocifera ruidosamente quando acham que o que vem de fora é melhor do que o que aqui há.
E principalmente sou aquela que apoia qualquer equipa portuguesa que defronte uma equipa estrangeira, seja ela rival da 2ª circular ou inimigo do norte.
Ontem, eu benfiquista de gema, apoiei o Sporting. Sabia que seria difícil, mas não há impossíveis. E fiquei desolada perante o massacre em Alvalade. Fiquei triste. E mais triste fiquei com o contentamento de imensos que se vangloriavam com a derrota do Sporting e que os arrasavam .
Uma breve incursão pelas redes sociais dá para perceber o fanatismo exarcebado que muitos fazem questão de demonstrar, não sabendo respeitar as opções de cada um. E isto aplica-se ao desporto, à política, ao social no geral.
E mais piúrsa fico quando argumentam com um simples "eles também fazem o mesmo ou pior".
haja respeito pelas opções pessoais, haja empatia uns pelos outros, haja sentido e orgulho de ser Português acima de tudo.
A não ser que andem completamente alheados do que se passa por aqui e por ali, souberam que ontem foi o dia de São Valentim, comercialmente apelidado do "Dia dos Namorados" por terras lusas, e não só, dia este com uma longa tradição nos States onde é o " Dia dos Amigos" como qualquer fã do Snoopy bem sabe, e que com ele sofre pela ausência de qualquer carta, ano após ano.
Se eu comemoro este dia importado?
Pergunta desnecessária... claro que sim, pela simples razão que eu comemoro tudo e mais alguma coisinha, desde o aniversário do canário até ao dia em que as minhas orquídeas tornam a florir.
E tenho que ter prendinha comme il faut (flores não valem por aqui já basta as oferecidas pela junta de freguesia cá do burgo) do meu Valentim pessoal, que também recebe a sua prendinha.
Só que me recuso terminantemente a ir jantar fora neste dia. Fiquei mais vacinada do que com as doses todas das pfeizeres, desde a última vez que nos debatemos com os locais todos a transbordarem no meio de decorações bacocas e som ambiente de galinheiro.
Os menus, especialmete elaborados para este dia tão especial, têm sempre algo que não gosto (eu sei que sou uma esquisita do caraças), pelo que ficar pela entrada e sobremesa para pagar o preço inflacionado especial do menu, não me parece nada bem.
Preço este ao que acrescem as bebidas, pois a oferta não passa duma flute de espumante que me faz espumar pelos poros, sendo que aqui o parzito gosta de beber bem mas do bem bom, pelo que a conta final acaba com o romantismo todo.
Mas que há jantar concerteza que há. Com toda a pompa e circunstância, filhos a sarabandarem, cadelas à mistura, com direito a acessórios conformes, vinho à maneira, marisco em barda, patés para todos os gostos e feitios, conduto à nossa medida, à luz das velas.
E que bem que se está no aconchego do lar nestas datas supostamente festivas a namorar sempre como fazemos em cada dia....
Benfiquista desde pequenina, ia em alegres peregrinações com o meu pai ao estádio da Luz, ver as velhas glórias darem-nos grandes alegrias.
Alegrias que agora não estão a dar à filhota, fiel acompanhante do pai nas peregrinações à Luz onde cada vez tombam mais, levantam-se e tornam a cair, a resvalarem perigosamente à beira do precipício.
Meu Benfica, quem te viu e quem te vê.
Para os adeptos é a tristeza, a decepção, o desânimo.
Para os jogadores, o descrédito e pouco mais, pois joguem melhor ou pior, continuam a ter a carteira bem recheada.
E se passassem a receber por objetivos ?
Tinham um ordenado base, e apenas recebiam com os objetivos cumpridos.
A ver se não começavam logo a correr no campo e a darem o litro para ganharem.